Quando o estilo de música é fado, ocorrem-me de imediato dois nomes, Amália Rodrigues, falecida em 1999 e Carlos do Carmo.
Este grande Senhor de voz inconfundível, deixou-nos no passado dia 1 de janeiro, vítima de um aneurisma na artéria aorta, tinha 81 anos, feitos a 21 de dezembro.
Desapareceu o homem, mas ficam para sempre as suas canções, a sua voz, o seu nome. Canções como “Lisboa, menina e moça” e, “Os putos”, que me lembro de ouvir em pequeno em casa dos meus pais, são puro fado lisboeta, são Carlos do Carmo.
Com mais de 50 anos a cantar, anunciou pôr termo à sua carreira em 2019, dando dois concertos de despedida, um no Coliseu do Porto e outro no Coliseu de Lisboa, ambos encheram.
Reconhecido com diversos prémios, entre eles, o título de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, da Presidência da República em 2016, recebeu o Prémio Vasco Graça Moura — Cidadania Cultural 2020, após anunciado o fim da sua brilhante carreira.
Durante os três últimos anos, Carlos do Carmo esteve em gravações daquele que disse ser o seu último álbum, onde interpretaria poemas de José Saramago, Herberto Helder, Sophia de Mello Breyner e Jorge Palma. O seu lançamento estava previsto para o passado mês de Novembro. Aguardamos nova data.
Deixo alguns videos, homenageando o eterno Carlos do Carmo.
Imagem de destaque retirada de: https://www.theportugalnews.com/
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